A ESTANTE DO POETA (5ª EDIÇÃO): SALGADO MARANHÃO — ESPAÇO AFLUENTES
14 de setembro de 2019

(Convite para a próxima edição, nesta terça-feira, dia 17 de setembro)
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A ESTANTE DO POETA

 

A ideia do projeto é a apresentação dos poemas lidos pelo convidado — porque todo poeta, antes, é um grande leitor de poesia — e que inspiraram/ influenciaram a criação dos poemas que formam a sua obra. Apresentar, ao público, um pouco da estante do poeta: o que o nosso convidado lê e o que o inspira a produzir poesia. Levar, ao espectador, os poemas dos autores que conversam com os poemas do convidado. Fazer uma ponte entre os poemas do nosso convidado e os poemas dos autores que o inspiraram, a fim de mostrar a gênese da sua criação literária.
 
A dinâmica da apresentação: 1ª parte – o poeta conta como a poesia entrou na sua vida, como se deu o seu primeiro contato, quais autores da sua predileção naquele momento e quando se descobriu poeta, quando começou a escrever poemas (caso o poeta queira, apresentar o primeiro poema que escreveu e que o fez acreditar ser um “poeta”); 2ª parte – apresentação ao público dos poemas escritos a partir dos poemas de outros autores (quais poemas o poeta escreveu inspirado na poesia de outros poetas – apresentar, portanto, os seus poemas e os poemas que serviram de inspiração).
 
A Estante do Poeta terá a grande alegria de receber o jornalista, compositor e consultor cultural Salgado Maranhão no dia 17 de setembro, terça-feira, às 18h30, no Espaço Afluentes (Avenida Rio Branco, nº 181, 19º andar, sala 1905 – o endereço, número 181 da Rio Branco, fica exatamente em frente à estação de metrô Carioca). O evento tem uma hora de duração, podendo chegar a uma hora e meia, portanto, começa às 18h30 e termina às 19h30, no máximo às 20h.
 
Aguardamos vocês!

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A seguir, as informações a respeito das edições anteriores:

 

O projeto estreou com a presença e irreverência do acadêmico, tradutor e dramaturgo Geraldo Carneiro, que nos brindou com histórias hilárias da sua vida literária.

 

A 2ª edição recebeu o acadêmico, letrista e filósofo Antonio Cicero, que, além de partilhar a sua história com a literatura, nos brindou com o seu método de escrever letras de música.

(Na foto, Claudia Roquette-Pinto, que idealizou e administra com a sua irmã, Mariana Roquette-Pinto, o Espaço Afluentes)

 

A 3ª edição recebeu o acadêmico, professor e ensaísta Antonio Carlos Secchin, cujo humor nos reservou momentos muito divertidos aliados ao seu vasto conhecimento dos estilos e escolas literárias.

(Sempre uma alegria receber os poetas amigos — da esquerda para direita: Luiz Otávio Oliani, Cláudio Cacau, Nuno Rau, Claudia Roquette-Pinto, administradora com a sua irmã, Mariana Roquette-Pinto, do Espaço Afluentes, o nosso convidado Antonio Carlos Secchin, Anna Maria Fernandes, Carmen Moreno e Tanussi Cardoso)

 

A 4ª edição recebeu o professor e tradutor Paulo Henriques Britto, que nos deu uma verdadeira aula de versificação, metrificação e tradução de poesia no Brasil e em alguns outros cantos do mundo.

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A vocês, de brinde, dois poemas do nosso próximo convidado.

Beijo todos!
Paulo Sabino.
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(do livro: A cor da palavra. autor: Salgado Maranhão. editoras: Imago / Fundação Biblioteca Nacional.)

 

EXPOSIÇÃO “SOMOS SOMAS” — PAULO SABINO — OI FUTURO FLAMENGO
10 de setembro de 2019

(Convite da exposição “Somos Somas”, que inaugurou no dia 5 de agosto e que encerraria no dia 15 de setembro, mas foi prorrogada até 22 de setembro)

(No entrada do centro cultural, o anúncio da exposição e o curador, Alberto Saraiva)

(Montagem do anúncio)

(Foto que originou o cartaz da entrada do centro cultural — Américo Vermelho)

(Abertura da exposição “Somos Somas”, 5 de agosto — ao fundo, painel de 11 metros de largura que reproduz parte da minha biblioteca — Fotos: Americo Vermelho)

(No painel de 11 metros de largura que reproduz parte da minha biblioteca — Foto: Americo Vermelho)

(A coordenadora geral da exposição, Shirley Fioretti, e a produtora executiva, Veralu de Andrade — Foto: Americo Vermelho)

(O assessor de imprensa do projeto, George Patiño, e a responsável pelo painel da biblioteca e anúncio da entrada do Oi Futuro, Sandra Fioretti — Foto: Americo Vermelho)

(Foto: Americo Vermelho)

(O gerente-executivo de Cultura, Roberto Guimarães, e o acadêmico Antonio Carlos Secchin — Foto: Americo Vermelho)

(O poeta e professor Eucanaã Ferraz — Foto: Americo Vermelho)

(Os poetas Jorge Salomão e Alice Monteiro — Foto: Americo Vermelho)

(Na 1ª foto, na porta da galeria; na 2ª, dentro da galeria: Mariana Roquette-Pinto, Charles Gavin, Claudia Roquette-Pinto e Paulo Henriques Britto — Foto: Americo Vermelho)

(Os poetas Eduardo Macedo e Christovam de Chevalier — Foto: Americo Vermelho)

(Os poetas Mauro Santa Cecília, Luis Turiba e Christovam de Chevalier — Foto: Americo Vermelho)

(A poeta Thereza Rocque da Motta e os poetas Cláudio Cacau e Luis Turiba — Foto: Americo Vermelho)

(A cantora, compositora e pianista Maíra Freitas — Foto: Americo Vermelho)

(O poeta Tanussi Cardoso — Foto: Americo Vermelho)

(A minha caboclinha e mãe Jurema Armond — Foto: Americo Vermelho)

(O poeta Márcio Catunda — Foto: Americo Vermelho)

(Os poetas Victor Colonna e Thassio Ferreira — Foto: Americo Vermelho)

(A poeta Rosalia Milsztajn e o poeta Salgado Maranhão — Foto: Luciana Queiroz)

(Eu e Alberto Saraiva, o curador “marlindo” que se pode querer — Foto: Luciana Queiroz)

(A entrada da galeria, com texto sobre a exposição — Foto: Luciana Queiroz)

(Dentro da galeria, público com os vídeos projetados — Fotos: Luciana Queiroz)

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Oi Futuro apresenta exposição do poeta carioca Paulo Sabino
 
Imagens de artistas e poetas como Charles Gavin, Mabel Velloso, Claudia Roquette-Pinto, Péricles Cavalcanti, Maíra Freitas, Carlos Rennó, Ricardo Silvestrin e Adriano Nunes lendo poesias de Sabino serão projetadas nas galerias do Centro Cultural a partir de 5 de agosto
 
 
O Oi Futuro inaugura dia 5 de agosto, segunda-feira, a exposição “SOMOS SOMAS”, do poeta e jornalista Paulo Sabino, dentro do Programa Poesia Visual e Digital, com curadoria de Alberto Saraiva. A exposição vai ocupar o térreo e o 2° piso do Centro Cultural Oi Futuro, no Flamengo, e tem patrocínio da Oi, Prefeitura do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS, com apoio cultural do Oi Futuro.
 
“SOMOS SOMAS” alterna poemas gravados em celular pelo próprio Sabino e convidados virtuais. Charles Gavin, ex- Titãs, Mabel Velloso, Claudia Roquette-Pinto, Ricardo Silvestrin, Maíra Freitas, Péricles Cavalcanti, Adriano Nunes, Carlos Rennó, entre outros, têm suas imagens projetadas em grandes formatos. Os poemas inéditos do autor serão exibidos em três monitores, que ficam localizados no térreo do centro cultural.
 
Conhecido como agitador cultural e promotor de saraus de poesia no Rio, Sabino faz sua primeira exposição individual. Na galeria 2 do Oi Futuro, o artista convida outros amantes da palavra para participar das obras apresentadas, criando uma rede de pessoas em torno da poesia. Em um grande painel no térreo do centro cultural será reproduzida a biblioteca do artista, cenário constante em seus vídeos poéticos, postados regularmente nas redes sociais.

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(Exposição: Somos Somas. Vídeo: Painel biblioteca. Local: Centro Cultural Oi Futuro. Período de tempo: 05/08 a 22/09/2019.)

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(Exposição: Somos Somas. Edição de vídeo: Joao Oliveira, Alberto Saraiva e Paulo Sabino. Local: Centro Cultural Oi Futuro. Período de tempo: 05/08 a 22/09/2019. Poema: Um para dentro todo exterior. Autor: Paulo Sabino.)

LANÇAMENTO (PAULO SABINO) NA LIVRARIA BLOOKS (RIO DE JANEIRO) & 14ª EDIÇÃO DA OCUPAÇÃO POÉTICA — PAULO SABINO & CONVIDADOS
14 de setembro de 2018

(Lançamento do meu livro de estreia na poesia, Um para dentro todo exterior, na livraria Blooks, Rio de Janeiro — 05/09 — Foto: Luciana Queiroz)

(Com a minha parceira de selo Bem-Te-Li, da editora Autografia, a produtora editorial Cristine Ferreira — Foto: Luciana Queiroz)

(Livraria cheia, noite linda, astral lá em cima — Foto: Luciana Queiroz)

(Foto: Luciana Queiroz)

(Foto: Rafael Millon)

(Foto: Luciana Queiroz)

(Assinando para um amor da vida, o meu amigo e espécie de mentor intelectual, além de ser o responsável pela orelha do livro, o poeta e filósofo Antonio Cicero — Foto: Luciana Queiroz)

(Foto: Luciana Queiroz)

(Outra grande honra: assinando para o duas vezes vencedor do prêmio Jabuti, e um dos responsáveis pelos prefácios do livro, o amigo e mestre Salgado Maranhão — Foto: Luciana Queiroz)

(Foto: Luciana Queiroz)

(Assinando para um poeta de primeira grandeza, um dos preferidos da Adriana Calcanhotto, o meu amigo & xará Paulo Henriques Britto — Foto: Luciana Queiroz)

(Foto: Luciana Queiroz)

(Assinando para o casal — um mestre da poesia, muito importante na minha trajetória, Adriano Espínola, e Moema, sua querida esposa — Foto: Luciana Queiroz)

(Foto: Luciana Queiroz)

(Assinando para um poeta refinadíssimo, pessoa pra lá de amorosa, Tanussi Cardoso — Foto: Luciana Queiroz)

(Foto: Luciana Queiroz)

(Assinando para um grande poeta e amigo, Luis Turiba — Foto: Luciana Queiroz)

(Com o casal de poetas Luca Andrade e Luis Turiba — Foto: Luciana Queiroz)

(Com o super poeta, máximo respeito, o mano meu, Mano Melo — Foto: Luciana Queiroz)

(Foto: Luciana Queiroz)

(Os lindos e queridos amigos e poetas Christovam de Chevalier e Thassio Ferreira — Foto: Luciana Queiroz)

(Só feras! Que honra — da esquerda para direita: Adriano Espínola, Salgado Maranhão, Abel Silva, André Vallias, Antonio Cicero, Tom Farias e Luis Turiba — Foto: Luciana Queiroz)

(Co-marida e marido: Monica Ramalho e Rafael Millon, da Belmira Comunicação, na assessoria de imprensa pra lá de maravilhosa — Foto: Luciana Queiroz)

(Ganhando carinho de mãe, a minha caboclinha linda, Jurema Armond, feliz da vida com a noite de lançamento — Foto: Luciana Queiroz)

(Mamãe amada — foto: Cristine Ferreira)

(Orgulho do pai — Foto: Luciana Queiroz)

(A grande honra de ter o poema que dá título ao livro no blog Acontecimentos, do poeta e filósofo Antonio Cicero)

(Na coluna Parada Obrigatória, do jornal O Globo, o destaque foi para a noite de lançamento de Um para dentro todo exterior)
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Gente querida e poética,
 
É tanta coisa, tanta coisa, que nem sei por onde começar… Muita expectativa para o lançamento no Rio de Janeiro, minha cidade, muita ansiedade para que chegasse o dia… O dia chegou, foi na quarta-feira da semana passada, 5 de setembro, e a noite foi uma lindeza só! Muito feliz por ver tanta gente amiga — amigos do tempo de escola, do tempo de faculdade, amigos que o trabalho com a poesia me deu. Além da felicidade da minha cabocla Jurema Armond, a grande responsável pela minha carreira literária e pelo meu amor ao verbo, ao verso: à palavra. Noite que levarei no coração para sempre!

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(Jorge Ventura)

(Thassio Ferreira)

(Christovam de Chevalier)

(Maíra Freitas)

(Mano Melo)

(Luis Turiba)

(Juliana Linhares)

(Antonio Cicero)

(Paulo Sabino)

 

*** Nesta 14ª edição do projeto Ocupação Poética, leitura dos poemas que integram o livro de estreia do coordenador e organizador do projeto, o poeta e agitador cultural Paulo Sabino ***
 
O poeta e agitador cultural lançou, no último dia 5, na Blooks Livraria, no Rio de Janeiro, o seu livro de estreia na poesia, intitulado Um para dentro todo exterior. O livro conta com textos de apresentação dos acadêmicos (Academia Brasileira de Letras) Antonio Carlos Secchin, Antonio Cicero, Nélida Piñon e do 2 vezes vencedor do prêmio Jabuti Salgado Maranhão.
 
Agora chegou a vez do público conhecer os poemas através das leituras que serão feitas nesta próxima segunda-feira, 17 de setembro, a partir das 20h, no Teatro Cândido Mendes de Ipanema.
 
Participam da leitura os poetas Christovam de Chevalier, Luis Turiba, Mano Melo, Jorge Ventura, Thassio Ferreira, o acadêmico (ABL) Antonio Cicero e as cantoras e compositoras Maíra Freitas e Juliana Linhares (da super banda Pietá)!
 
Venham! Esperamos vocês!
 
Ao final da apresentação, haverá uma noite de autógrafos para quem quiser levar o livro devidamente assinado.
 
Serviço:
 
Ocupação Poética (14ª edição)
Coordenação: Paulo Sabino
Participantes: Christovam de Chevalier, Antonio Cicero, Jorge Ventura, Mano Mello, Luis Turiba, Thassio Ferreira, Juliana Linhares e Maíra Freitas
Teatro Cândido Mendes
Rua Joana Angélica, 63 – Ipanema
Tel: (21) 2523-3663
Data: 17/09 SEGUNDA-FEIRA
Horário: 20h
Entrada: R$ 20,00 (inteira) R$ 10,00 (meia)*
Classificação: 14 anos
 
* Os nomes nos comentários desta publicação entram automaticamente na lista-amiga, garantindo a meia-entrada (R$ 10,00)

 

PRÉ-VENDA: UM PARA DENTRO TODO EXTERIOR (PAULO SABINO) — CONVITE DE LANÇAMENTO (FLIP)
18 de julho de 2018

(Da coluna Parada Obrigatória, do jornal O Globo)

(Convite para a Festa Literária Internacional de Paraty — Flip)

(Capa: Chico Lobo)
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Gente querida,

meu livro, Um para dentro todo exterior, está em pré-venda! E com desconto! A quem interessar, segue o link para compra:

http://www.autografia.com.br/loja/um-para-dentro-todo-exterior-/detalhes

No site de compra, na parte “descrição do livro”, está o texto da contracapa, escrito pelo grande Antonio Carlos Secchin, da Academia Brasileira de Letras (ABL). Abaixo, o texto pra vocês:

 

A poesia de Paulo Sabino aponta para várias direções – e acerta os alvos. O rigor do pensamento aliado à fatura minimalista se destaca no poema que dá título à obra. Perpassa o livro a indagação do misterioso “não mistério” da vida, que se oferta, múltipla, por todos os lados e em todos os sentidos. À vontade tanto nos versos curtos, elípticos, quanto nos de elocução mais distensa, Paulo Sabino também se aventura no poema em prosa. No poeta, é patente a volúpia da palavra, expressa nos jogos aliterativos, nas rimas internas e externas, nos paralelismos sintáticos. Em sua obra de estreia Paulo Sabino oferta um banquete verbal para muitos talheres. Deguste-o sem moderação, caro leitor.

(Antonio Carlos Secchin)

 

Aqui, a vocês, a orelha do livro, escrita pelo também acadêmico, o poeta e filósofo Antonio Cicero:

 

Numa época como esta, em que se supõe que qualquer coisa pode valer como poesia – época em que se tornou comum a poesia fake – é um grande prazer encontrar-se um livro de verdadeira poesia, como este Um para dentro todo exterior, de Paulo Sabino. Nos seus poemas claros e incisivos, não apenas o “para dentro” é exterior, mas o “para fora” é interior, de modo que se abole a rigidez artificial das fronteiras entre o subjetivo e o objetivo, o espiritual e o material, o racional e o emocional, o intelectual e o sensível, o imanente e o transcendente. O fato é que, de repente, através da leitura de um poema como, por exemplo, “Sílaba de si”, ficamos encantados ao captar, por um novo ângulo, algo que já fazia parte de nossa experiência cotidiana. Eis a poesia autêntica.

(Antonio Cicero)

LANÇAMENTO — UM PARA DENTRO TODO EXTERIOR (PAULO SABINO) — FLIP 2018
8 de maio de 2018

(O título do livro & o nome do autor)

(A dedicatória do livro)

(Mensagem do Cicero, que assina a orelha do livro)

(Mensagem da Nélida, que assina um dos textos de apresentação do livro)
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Ele está aqui, na companhia do papai, sendo gestado, preparado, ganhando forma, peso, desenvolvendo-se de maneira muito bonita. Ainda não nasceu, ele chega ao mundo no fim de julho, mas papai já é puro orgulho! Expectativa & ansiedade a mil, não vejo a hora de parir o meu rebento poético, meu livro de estreia na poesia!

Um para dentro todo exterior, nome da cria, ganha o mundo dia 26 de julho (quinta-feira), na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que este ano homenageia a mestra, poeta por quem sou absolutamente apaixonado, Hilda Hilst.

Depois do lançamento na Flip, realizo um outro, em agosto (a previsão é de 2 semanas depois da festa literária), na minha cidade, no Rio de Janeiro, na livraria Blooks, localizada na praia de Botafogo. Mais à frente, volto com maiores informações.

Um para dentro todo exterior consta de 42 poemas.

Aqui, embaixo, as pessoas que tenho que agradecer neste momento de gestação:

Pintura da capa: Chico Lobo
Foto da capa e do autor: Thiago Facina
Texto da orelha: Antonio Cicero
Texto da contracapa: Antonio Carlos Secchin
Textos de apresentação (prefácios): Salgado Maranhão e Nélida Piñon
Assessoria de imprensa: Belmira Comunicação
Selo: Bem-Te-Li (Editora: Autografia)
Coordenação do selo: Paulo Sabino e Cris Maza

Tenho que confessar a vocês que, hoje em dia, depois de receber todos os textos que tratam do livro, eu estou mais encantado pelos textos sobre o livro do que com o livro propriamente. Não é que eu considere o livro ruim — muito pelo contrário, amo o meu livro, gosto demais dele —, é que os textos sobre o livro foram escritos por pessoas da minha mais alta admiração. Então me é uma alegria imensa ler o que essas pessoas enxergaram do livro.

Espero a presença de vocês em algum dos lançamentos.

De brinde, um poema — dos tantos & tantos que amo — da grande homenageada da festa literária de Paraty.

Beijo todos!
Paulo Sabino.

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(do livro: Da poesia. autora: Hilda Hilst. editora: Companhia das Letras.)

 

 

I

 

Se te pareço noturna e imperfeita
Olha-me de novo. Porque esta noite
Olhei-me a mim, como se tu me olhasses.
E era como se a água
Desejasse

Escapar de sua casa que é o rio
E deslizando apenas, nem tocar a margem.

Te olhei. E há tanto tempo
Entendo que sou terra. Há tanto tempo
Espero
Que o teu corpo de água mais fraterno
Se estenda sobre o meu. Pastor e nauta

Olha-me de novo. Com menos altivez.
E mais atento.

POSSE DE ANTONIO CICERO NA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS + A CIDADE E OS LIVROS
20 de março de 2018

O mais novo membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), o poeta & filósofo Antonio Cicero

Na posse do mais novo membro da Academia Brasileira de Letras, Antonio Cicero. Na foto, ao fundo, atrás do Cicero, o querido Marcelo Pies, e atrás de mim, o meu amigo & irmão de poesia Christovam de Chevalier

Com o empossado na ABL Antonio Cicero & Rafael Millon, primo do imortal

Com os irmãos lindos & queridos, Cicero & Marina Lima

Com um grande amigo & mestre, o badalado & premiadíssimo poeta Salgado Maranhão

Com um amor da vida, o meu lindo amigo & grande poeta Jorge Salomão

Com Geraldinho Carneiro, pessoa que amo, pura simpatia & diversão

Na companhia dessa dupla imbatível, mestres & amigos, Geraldinho Carneiro & Antonio Carlos Secchin

Este aqui foi o momento sofá, a hora do gesto discreto do Cicero, me chamando pra mais perto, pra sentar ao seu lado, e eu me derramando inteiro por conta das doses de uísque — ao meu lado, a doce amiga & poeta Noélia Ribeiro

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“Que linda essa história”

(Marina Lima — cantora & compositora)

 

“Que bacana, Paulo. Queria muito ter estado com vocês todos mas estou do outro lado do Atlântico, lotada de compromissos. A ABL ganhou um tesouro! Um beijo, Adriana”.

(Adriana Calcanhotto — cantora & compositora)

 

 

Sexta-feira, dia 16/03, foi dia da posse do mais novo membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), o poeta & filósofo Antonio Cicero.

Conheci o Cicero no início de 1999, quando tinha os meus 23 aninhos. 19 anos se passaram & nesses 19 anos a nossa amizade só fez crescer & florescer. Pela proximidade que acabou acontecendo, o Cicero foi uma espécie de mentor intelectual. Sempre pedi muita indicação de livros & dicionários a ele, enviava dúvidas minhas a respeito de assuntos ligados à filosofia, e o Cicero, muito generoso, sempre esteve “ali”, me auxiliando nas solicitações. Foi ele quem me fez criar o meu site literário, o “Prosa Em Poema”, site que me abriu as portas para o convívio com os grandes intelectuais & escritores que, hoje, tenho a honra & o prazer de ser amigo. Foi o Cicero o meu grande padrinho nesse sentido, porque antes de tornar o site público, anunciar que a página estava no ar, escrevi a ele, pedindo a sua avaliação, e no dia seguinte estava estampada no seu site, o “Acontecimentos”, uma publicação linda, convidando os seus leitores a conhecerem a minha página, o que garantiu ao site, logo no primeiro dia do “Prosa Em Poema”, mais de 200 visualizações.

A nossa história é muito bonita. Nunca me esqueço de quando nos encontramos num lançamento de livro & ele me disse: “Paulinho, te conheci um garoto, hoje você é um homem”. E é verdade.

Uma alegria pra sempre ter, no seu segundo livro de poesia, “A cidade e os livros”, um poema dedicado a mim, poema que inclusive leva o meu nome. Já rimos muito disso.

Por isso, na sexta, quando vi o Cicero adentrando o salão nobre da ABL, de fardão, para tomar posse, eu me emocionei & chorei disfarçadamente. É o cara de uma importância sem precedentes na minha trajetória intelectual, recebendo uma homenagem mais do que merecida dos seus pares, eleito o ocupante da cadeira de número 27 da instituição. No final da noite, antes de ir embora, o Cicero me fisgou pelo olhar & num gesto discreto me chamou para sentar ao seu lado (a última foto das dispostas acima, foi o Rafael Millon, primo do Cicero, quem nos flagrou de longe). Tocado de uísque, pilequinho, sentei junto a ele & me derramei, bem confessional. A nossa amizade & o nosso amor & a nossa admiração mútua permitem essas coisas.

Foi uma noite linda ao lado de muitos amigos. Uma noite à altura de Antonio Cicero.

(Você me abre seus braços & a gente faz um país.)

Vivas a ele, salve mais uma conquista!

Beijo todos!
Paulo Sabino.
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(do livro: A cidade e os livros. autor: Antonio Cicero. editora: Record.)

 

 

A CIDADE E OS LIVROS

para D. Vanna Piraccini

 

O Rio parecia inesgotável
àquele adolescente que era eu.
Sozinho entrar no ônibus Castelo,
saltar no fim da linha, andar sem medo
no centro da cidade proibida, 
em meio à multidão que nem notava
que eu não lhe pertencia — e de repente,
anônimo entre anônimos, notar
eufórico que sim, que pertencia
a ela, e ela a mim —, entrar em becos,
travessas, avenidas, galerias,
cinemas, livrarias: Leonardo
da Vinci Larga Rex Central Colombo
Marrecas Íris Meio-Dia Cosmos
Alfândega Cruzeiro Carioca
Marrocos Passos Civilização
Cavé Saara São José Rosário
Passeio Público Ouvidor Padrão
Vitória Lavradio Cinelândia:
lugares que antes eu nem conhecia
abriam-se em esquinas infinitas
de ruas doravante prolongáveis
por todas as cidades que existiam.
Eu só sentira algo semelhante
ao perceber que os livros dos adultos
também me interessavam: que em princípio
haviam sido escritos para mim
os livros todos. Hoje é diferente,
pois todas as cidades encolheram,
são previsíveis, dão claustrofobia
e até dariam tédio, se não fossem
os livros infinitos que contêm.

OCUPAÇÃO POÉTICA — TEATRO CÂNDIDO MENDES (10ª EDIÇÃO) — RICARDO SILVESTRIN E CONVIDADOS — O EVENTO, FOTOS, MATÉRIA & POEMA
15 de setembro de 2017

(O convite da 10ª edição do projeto Ocupação Poética — homenagem ao poeta e compositor gaúcho Ricardo Silvestrin)

(Casa cheia, público quente, que abraçou a divertida e sagaz e direta e sofisticada poesia do homenageado da noite — Foto: Luciana Queiroz)

(Casa cheia, público quente, que abraçou a divertida e sagaz e direta e sofisticada poesia do homenageado da noite — Foto: Luciana Queiroz)

(O coordenador do projeto, Paulo Sabino — Foto: Luciana Queiroz)

(O coordenador apresentando o homenageado, Ricardo Silvestrin — Foto: Luciana Queiroz)

(Ricardo Silvestrin em ação — Foto: Luciana Queiroz)

(O homenageado, mostrando o seu lado compositor, acompanhado do violonista André Barros — Foto: Luciana Queiroz)

(Antonio Carlos Secchin — Foto: Luciana Queiroz)

,

(Foto: Luciana Queiroz)

(Antonio Cicero — Foto: Luciana Queiroz)

(Foto: Luciana Queiroz)

(Luis Turiba — Foto: Luciana Queiroz)

(Foto: Luciana Queiroz)

(Noélia Ribeiro — Foto: Luciana Queiroz)

(Foto: Luciana Queiroz)

(Leoni — Foto: Luciana Queiroz)

(Foto: Luciana Queiroz)

(Eduardo Tornaghi — Foto: Luciana Queiroz)

(Foto: Luciana Queiroz)

(Tavinho Paes — Foto: Luciana Queiroz)

(Foto: Luciana Queiroz)

(Mano Melo — Foto: Luciana Queiroz)

(Foto: Luciana Queiroz)

(Salgado Maranhão — Foto: Luciana Queiroz)

(Foto: Luciana Queiroz)

(Encerrando a noite, o homenageado — Foto: Luciana Queiroz)

(Ricardo Silvestrin e Kleiton Ramil — Foto: Luciana Queiroz)

(A turma toda nos agradecimentos finais; da esquerda pra direita: Kleiton Ramil, Ricardo Silvestrin, Eduardo Tornaghi, Mano Melo, Salgado Maranhão, Tavinho Paes, Noélia Ribeiro, Luis Turiba, Antonio Carlos Secchin, Antonio Cicero, Leoni, Paulo Sabino e André Barros — Foto: Luca Andrade)

(Destaque na coluna “Gente Boa”, do carderno cultural do jornal O Globo, a 10ª edição do projeto Ocupação Poética — Fotos: Marcos Ramos)

(Destaque na coluna “Gente Boa”, do carderno cultural do jornal O Globo — Fotos: Marcos Ramos)

(Destaque na coluna “Gente Boa”, do carderno cultural do jornal O Globo, a 10ª edição do projeto Ocupação Poética — Fotos: Marcos Ramos)
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Foi lindo! Que momento, que vivência!

A cada noite como a que tivemos, na 10ª edição do projeto Ocupação Poética no teatro Cândido Mendes de Ipanema, ocorrida na segunda-feira (11/09), em homenagem ao grande poeta e letrista e cantor gaúcho Ricardo Silvestrin, o coração só faz transbordar alegria e fé na poesia, no que ela pode de afeto, de alcance, de projeção. Tá faltando Poesia no cardápio nosso de cada dia! No que depender de mim, tendo sempre esta turma da pesada juntinho de mim (porque não acredito, mesmo!, que ninguém é nada sozinho), a Poesia vem gostosa, como o prato principal de todos nós. Que assim seja!

O meu muito obrigado a todos os participantes: Antonio Cicero, Antonio Carlos Secchin, Eduardo Tornaghi, Salgado Maranhão, Tavinho Paes, Noélia Ribeiro, Leoni, Luis Turiba, Kleiton Ramil, Mano Melo; e ao público, quente, risonho e festivo. O público abraçou a bela e sagaz e direta e sofisticada poesia do Silvestrin. Uma alegria imensa. Gente que encomendou livro em site pós evento. Lindo de saber. E vamo que vamo!  Valeu demais!

Aos interessados, deixo, na íntegra, o poema que fez sucesso na voz do cantor e compositor Leoni e que foi citado (ver fotos acima) na matéria jornalística.

Dia 13 de novembro acontece a 11ª edição do projeto. Mais à frente, maiores informações.

Beijo todos!
Paulo Sabino.
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(do livro: Metal. autor: Ricardo Silvestrin. editora: Artes e Ofícios.)

 

 

deus descansou
e esse foi o seu vacilo
achou que o jogo estava ganho
e o mundo então deu naquilo
deus lavou as mãos
disse se virem
já fiz a minha parte
pensam que é mole
tirar um mundo da cartola
se querem perfeito
nada feito
tô fora
e se foi pelo infinito
sem dar ouvidos
aos gritos
de deus do céu
deus nos proteja
deus nosso senhor
onde anda
por hoje o criador
pelo universo
de banda
gozando a aposentadoria
que ganhou em sete dias
fez um mundo imperfeito
mas bate no peito
e diz
se não gostarem
façam outro
devolução não aceito
já fiz o homem
à minha imagem e semelhança
pra continuar
no meu lugar
a lambança

FOTOS E O EVENTO — LANÇAMENTO “DO QUARTO” (SANDRA NISKIER FLANZER) + RECITAL DE POESIA (PAULO SABINO)
3 de agosto de 2017

(Paulo Sabino e Sandra Niskier Flanzer)

 

(Casa lotada)

(Nélida Piñon)

(Antonio Carlos Secchin e Antonio Cicero)

(Marcelo Pies)

(A dedicatória pra mim)
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“Paulo, querido:

Sua presença, sua companhia, e mais especialmente sua voz, estão comigo neste lançamento.

Te encontrar foi um presente!

Que a gente lance, se lance, nesse lance, livre e livro, como a vida quer de nós.

Um beijo enorme e muito, muito obrigada!”

(Sandra Niskier Flanzer — 30/06/17)

 

 

A noite de segunda-feira, 31/07, com o lançamento do novo livro de poemas da psicanalista e poeta Sandra Niskier Flanzer, “Do quarto” (ed. 7Letras), na Casa do Saber, foi linda!

A poeta me convidou para fazer um recital de poesia que foi o meu primeiro vôo solo, a primeira vez que me apresentei sem dividir o palco, coisa que AMO fazer. Eu, chato que sou (acredito ser assim pra muita gente), acho que poderia fazer melhor, que não dei conta do recado de uma maneira satisfatória (pra mim). Mas, apesar dessa impressão (minha), recebi palavras muito carinhosas, muito generosas, de quem assistiu e veio falar comigo ao final. A Sandra também me contou que recebeu palavras muy elogiosas sobre o sarau que pensamos juntos e o meu desempenho com as palavras.

Para além disso, soube de uma história bacanérrima: de uma pessoa que não conheço e que estava no recital e que trabalha com um grande amigo meu e que por conta de uma foto do recital no celular do meu grande amigo comentou com ele que esteve nesse recital na segunda-feira (31/07) e que foi “sensacional” (palavra do meu amigo) e um tanto mais de palavras calorosas. Saldo pra lá de positivo. Por isso, por esse retorno do público, estou muito feliz com esta primeira apresentação sozinho.

A Sandra lotou o espaço merecidamente, porque o seu livro, “Do quarto”, é de uma beleza rara na poesia, muito sofisticado, e porque mesclamos as leituras com poemas de grandes autores (Adélia Prado, Drummond, João Cabral, Gullar, Pessoa, Antonio Cicero, Antonio Carlos Secchin, Armando Freitas Filho), desenvolvendo um papo poético bem bacana entre os versos. Por tanto, por tudo, aqui para agradecer demais demais demais o convite da Sandra, a oportunidade deste momento e a confiança depositada na minha voz. Agradecer demais demais demais a presença dos amigos, e, especialmente, dos mestres — também amigos — que lá estiveram: os membros da Academia Brasileira de Letras (ABL) Nélida Piñon, Antonio Carlos Secchin e Antônio Torres, o poeta, letrista e filósofo Antonio Cicero, o membro da Academia Carioca de Letras (ACL) Adriano Espínola e o figurinista de cinema, teatro e publicidade Marcelo Pies. A vontade pede mais momentos como o vivenciado na segunda 31/07.

Valeu demais!
Salve a Poesia!
Salve a sua existência na minha!

De presente, uma poesia incendiária da Sandra, que chama pela chama, pelo calor, pela luz, que a poesia alastra a quem desejar a sua chama, o seu calor, a sua luz.

Beijo todos!
Paulo Sabino.
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(do livro: Do quarto. autora: Sandra Niskier Flanzer. editora: 7Letras.)

 

 

CHAMA POESIA

 

Tu estejas aí
Enquanto estiver aqui
Não arredarei pé
Atravessarei feriado
Os ócios do ofício
E o fim da semana
A produzir labaredas
Lavas que atiçam chamas
Centelhas a chamar fogueiras
Estarei no entre flamas,
Laboredas combustíveis
Incinerando o edredom
Queimando a cama parada
Em meio ao fogo cruzado
Assim, tu estejas aí,
Minha cara litera-dura
Segura-me com tua brasa
Aquece-me em minha casa
Pois te apago e a pago
Incendiária e sem diária.

OCUPAÇÃO POÉTICA — TEATRO CÂNDIDO MENDES: VÍDEO (III)
25 de agosto de 2015

Adriano Espínola_Alex Varella_Paulo Sabino_Salgado Maranhão_Antonio Cicero_Antonio Carlos Secchin

(Os poetas participantes do projeto “Ocupação Poética”: Adriano Espínola, Alex Varella, Paulo Sabino, Salgado Maranhão, Antonio Cicero & Antonio Carlos Secchin.)

Paulo Henriques Britto_Paulo Sabino

(Na foto, os xarás: Paulo Henriques Britto & Paulo Sabino.)
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(Um convite a todos: para a 6ª edição do Sarau do Largo das Neves, em Santa Teresa, Rio de Janeiro, em frente ao bar Alquimia, nesta quinta-feira, 27/08, concentração para uns drinques & um bom bate-papo a partir das 19h & as leituras dos poemas a partir das 20h30.)

Aos interessados, vídeo com algumas leituras realizadas durante o projeto “Ocupação Poética”, no teatro Cândido Mendes, em Ipanema (Rio de Janeiro), ocorrido nos dias 31/07, 01/08 & 02/08.

No vídeo abaixo, este que vos escreve recita dois poemas dos participantes da noite de domingo (02/08), Paulo Henriques Britto & Antonio Carlos Secchin, e, na seqüência, o poeta Paulo Henriques Britto recita os cinco sonetos que compõem a série — nada convencional, e genial, bem sacada — “Até segunda ordem”, de sua autoria.

Divirtam-se!

Beijo todos!
Paulo Sabino.
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(do site: Youtube. projeto: Ocupação Poética — Teatro Cândido Mendes. local: Rio de Janeiro. data: 02/08/2015. Paulo Sabino recita Credo, poema de Paulo Henriques Britto, e O real é miragem consentida, poema de Antonio Carlos Secchin. Paulo Henriques Britto recita os cinco sonetos da série Até segunda ordem, de sua autoria.)

 

CREDO  (Paulo Henriques Britto)

 

Se cada coisa dada a perceber
impõe a crença em sua forma e peso
e cor, e impinge a supersticiosa
aceitação da causa de ela estar
ali e não noutro lugar qualquer,
e ainda mais – a cega convicção
de que esse estar ali é tão real
quanto o se estar aqui a perceber
e elaborar para consumo próprio
(e momentâneo) uma religião inteira
de cores, formas, pesos, causas – tudo
isso que é necessário crer – então
como exigir de nós, que a cada instante
cremos em tanta coisa, ainda mais fé?

 

(Antonio Carlos Secchin)

O real é miragem consentida,
engrenagem da voragem,
língua iludida da linguagem
contra o espaço que não peço.
O real é meu excesso.

 

ATÉ SEGUNDA ORGEM  (Paulo Henriques Britto)

 

(10 de outubro)

Até segunda ordem estão suspensas
todas as autorizações de férias,
viagens, tratamentos e licenças.
É hora de pensar em coisas sérias.

Deve chegar mais um carregamento
até o dia quinze, dezesseis
no máximo. Fui lá em Sacramento,
mas não deu pra encontrar o tal inglês –

será que alguém errou o codinome?
Confere aí com quem organizou
o negócio todo. Bem, amanhã

a gente se fala, que agora a fome
está apertando. (Ah, o padre adorou
o canivete suíço de Taiwan.)

 

(9 de novembro)

Tudo resolvido. O campo de pouso
até que é razoável. Mas o tal de
Carlão, hein, vou te contar. É nervoso,
não sei; parece que sofre de mal de

Parkinson, ou coisa que o valha. Mas isso
é o de menos. O pior é que o “Almirante”
desde terça tomou chá de sumiço.
Não sei que fim levou; é preocupante.

Chegou a encomenda de Lisboa.
O número é 318.
A senha: “O olho esquerdo de Camões

não vale uma epopéia”. (Essa é boa!)
Não agüento mais ter que jantar biscoito.
No mais, tudo bem. Aguardo instruções.

 

(21 de dezembro)

Sim, recebi a carta do João.
Só que o seu telefonema da sexta
já havia alterado a situação
completamente. É, o Bento é uma besta,

Mas você, também… Nessas horas é que se
vê que falta faz um profissional.
Você nunca vai ser como era o Alex.
Mas deixa isso pra lá. O principal

é que o negócio está de pé, ainda.
O que não pode é pôr tudo a perder
a essa altura do campeonato.

Não diga nada, nada, à dona Arminda.
Toma cuidado. Conto com você.
Aguarde o nosso próximo contato.

 

(12 de janeiro)

Por quê que ninguém me deu um aviso?
Pra que que serve essa porra de bip?
Assim não dá. Que falta de juízo,
de… de… sei lá! Eu lá em Arembipe

Dando duro, e vocês aí de pândega!
O deputado, é claro, virou bicho,
e não vai mais ajudar lá na alfândega.
Meses de esforço jogados no lixo!

E agora? E o alvará do “Três Irmãos”?
E os dez mil dólares do Mr. Walloughby?
Não vou nem falar com o doutor Felipe.

Vocês que agüentem o tranco. Eu lavo as mãos.
Se alguém me perguntar, eu tenho um álibi
perfeito: “Eu estava lá em Arembipe”.

 

(19 de janeiro)

Até esta chegar às suas mãos
eu já devo ter cruzado a fronteira.
Entregue por favor aos meus irmãos
os livros da segunda prateleira,

e àquela moça – a dos “quatorze dígitos” –
o embrulho que ficou com o teu amigo.
Eu lavei com cuidado o disco rígido.
Os disquetes back-up estão comigo.

Até mais. Heroísmo não é a minha.
A barra pesou. Desculpe o mau jeito.
Levei tudo que coube na viatura,

mas deixei um revólver na cozinha,
com uma bala. Destrua este soneto
imediatamente após a leitura.